Uso de redes sociais no Brasil

O Brasil é um dos maiores mercados de redes sociais, com mais de 170 milhões de usuários. WhatsApp, Instagram e Facebook dominam, impulsionando o e-commerce e marketing de influenciadores. TikTok e Telegram estão ganhando popularidade. A integração das redes sociais com o comércio eletrônico transforma as compras online, criando novas oportunidades para empresas.

Com a maior população e audiência online da América Latina, o Brasil é simultaneamente o quinto maior mercado de redes sociais do mundo, o segundo maior nas Américas e de longe o maior no subcontinente latino-americano. Sua presença entre o público de língua portuguesa em todo o mundo, o amplo engajamento de seu público e os diversos papéis que as redes sociais desempenham na vida de suas audiências locais tornam o país um mercado-chave para a operação das plataformas sociais. Essa magnitude e alcance relativo tornam o Brasil um mercado estratégico para as plataformas investirem em publicidade digital e influenciadores sociais, desde que tenham energia suficiente para enfrentar a crescente concorrência em todas as frentes e estejam dispostas a lidar com a turbulência política do país.

Como os brasileiros usam as plataformas sociais

Com mais de dois terços de sua população acessando redes sociais, espera-se que as audiências das plataformas de redes sociais no Brasil cresçam de mais de 170 milhões de usuários até o final de 2023 para mais de 190 milhões até 2028. Mais de 84% da população brasileira usa redes sociais diariamente, enquanto os aplicativos sociais estão continuamente entre os mais populares e usados pelos usuários locais. Os mensageiros instantâneos são o tipo de plataforma mais popular no Brasil, expandindo-se para fora das linhas de redes sociais e se integrando às esferas de compartilhamento de mídia, consumo de notícias, publicidade digital e comércio móvel.

De acordo com o Relatório Digital 2024: 5 billion social media users, publicado em parceria entre We Are Social e Meltwater, o Brasil é o segundo país em que os usuários passam mais tempo on-line, com média de 9h13, atrás apenas da África do Sul com 9h24

Essa magnitude das audiências de redes sociais do Brasil não vem sem problemas. O país ainda possui a menor penetração de redes sociais entre os maiores mercados de internet da América Latina e mal está listado entre os 10 melhores países da sub-região nesse quesito. A lacuna no uso de redes sociais reflete as divisões sociais, econômicas e digitais do Brasil, e regiões historicamente mais ricas e populosas têm uma taxa de penetração mais alta. 

Mercado quente

Detendo a hegemonia do mercado de redes sociais do Brasil, o sucesso do Meta no Brasil é tal que seus produtos receberam apelidos de “Zap”, “Insta” e “Face” pelos usuários do país. Instalado em praticamente todos os smartphones do país, a popularidade do WhatsApp no Brasil o transformou em um showcase mundial de sua expansão da rede de comunicação para uma ferramenta vital para o comércio móvel, atendimento ao cliente e marketing digital. Enquanto isso, o Instagram já ultrapassou as postagens do Facebook entre os brasileiros, já que ambas as redes são agora respectivamente a primeira e terceira plataformas mais visitadas no Brasil.

Apesar de não perder sua longa dominância, o aumento da concorrência pode ser uma boa notícia para os clientes brasileiros, mas um espinho no lado do Meta. A crescente popularidade de plataformas sociais móveis como o TikTok, a diversificação do mercado de aplicativos de mensagens brasileiro com a chegada do Telegram e Signal, e a crescente presença do YouTube na América Latina estão forçando o conglomerado a mudar seu foco na disseminação de conteúdo para se concentrar nos bolsos de usuários locais.

A ascensão do E-commerce

O Brasil tem uma das maiores audiências de compradores online da América Latina, impulsionando o crescimento do comércio eletrônico no país. As redes sociais desempenham um papel crucial nesse cenário, com muitos brasileiros utilizando plataformas sociais para descobrir e comprar produtos. O Instagram, por exemplo, tornou-se um mercado popular para vendas diretas e influenciadas, com muitas marcas e influenciadores aproveitando essa tendência.

Além disso, o WhatsApp Business tem sido fundamental para pequenas empresas brasileiras, permitindo que elas se comuniquem diretamente com os clientes, compartilhem catálogos de produtos e até mesmo finalizem vendas diretamente pelo aplicativo. Essa integração entre redes sociais e comércio eletrônico está transformando a forma como os brasileiros compram online e apresenta novas oportunidades para as empresas se conectarem com os consumidores.

Não apenas redes sociais

A crescente concorrência, a responsabilidade de uma audiência altamente conectada e interativa, e um cenário político turbulento não são impeditivos para a terra das oportunidades que é o marketing de influenciadores no Brasil. Com praticamente todos os usuários de redes sociais seguindo influenciadores, o investimento nesse mercado compensa, com mais de 300 milhões de reais investidos em publicidade em redes sociais em 2022, já que as estratégias de influência social continuam sendo eficazes para mais da metade de sua audiência brasileira.

E entre todos os concorrentes, as plataformas do Meta novamente avançam nesta corrida: o Instagram permanece a plataforma mais popular entre os influenciadores no Brasil, enquanto o Facebook vê sua relevância diminuir em engajamento e rentabilidade para tais investimentos. Por outro lado, tanto o YouTube quanto o TikTok carregam sua expansão e América Latina, travando rapidamente suas batalhas no maior mercado de interesse da região. Este texto fornece informações gerais. O Statista não assume responsabilidade pela completude ou correção das informações fornecidas. Devido a ciclos de atualização variados, as estatísticas podem exibir dados mais atualizados do que os referenciados no texto.